Já está com saudades? Toda Parada LGBTQI+ é dia de festa e muita alegria! 

Guilherme Renso

Já está sentindo falta daquela que é considerada uma das maiores e mais importantes Paradas do Orgulho LGBTQI+ do mundo? Não é pra menos. A 23ª edição reuniu ontem, na Avenida Paulista, aproximadamente três milhões de pessoas que, apesar de falares idiomas diferentes, carregavam, naqueles momentos, uma só bandeira: a do respeito. Aliás, respeito não só à população LGBTQI+ (que é, ou deveria ser, básico e obrigatório), mas também à importância que ela representa para a cidade de São Paulo. Estamos nos refeindo ao segundo evento mais relevante, financeiramente falando, da capital paulista, só perdendo para a Fórmula 1.  Rapidamente os hotéis e hostels atingiram praticamente a capacidade máxima de acomodação, que além dos paulistanos, que chegaram para curtir os 19 trios

Eu não tive a oportunidade de ir à edição de 2019, mas fui conversar com o Daniel Pires, de Santo André. Dani, além de ser um craque na arte da escrita e produtor de conteúdo de terror para a internet, já esteve na Parada em duas situações: a trabalho e também para curtir com os amigos.  

O gostinho da estreia

Curtir com os amigos? Mas e a luta? E tudo o que esta data representa? Calma que eu vou chegar lá. Nós conversamos sobre isso depois de eu ter perguntado a ele como foi debutar no evento. “Bastante revelador para mim. Foi a primeira vez que eu me senti livre, me mostrando como gay, em uma das principais ruas de São Paulo, para todo mundo. A Parada tem este simbolismo, de mostrar que a gente existe e resiste. Por ser uma das maiores do mundo, ela dá esta dimensão. Nós estamos ali, nos mostrando e mostrando a nossa força”, relembrou Dani. 

A luta diária pelo direito de ser aquilo que se é 

No entanto, apesar das pessoas que estão lá lutarem todos os dias pelo direito se conseguirem ser aquilo que são, em suas respectivas essências,  sem preconceitos e julgamentos, a alegria de estar ali é inenarrável. “Em uma das Paradas que fui, tinha uma travesti linda, eu me lembro de ter perguntado o que significava pra ela estar ali. Então ela me respondeu que era um momento de diversão, pois a luta é todo dia. Desde então eu guardo isso também. A luta é todo dia”, conta Dani.  

Falando em luta diária, todos que estão ali, e nesse "todos" incluem-se também héteros, lembram que o Brasil é o país onde a população LGBTQI+ mais morre assassinada. Quando isso não acontece, correm o risco de serem expulsas de casa, graças a falta de diálogo, compreensão, empantia e a presença de intolerância. Basta ao preconceito!