Uhul! Meu visto americano foi aprovado! Mas, e agora?

Mayara Tabone

Viajar para o exterior é o grande sonho de muitos brasileiros. E os Estados Unidos são um dos destinos queridinhos. Mas muita coisa, aqui, funciona bem diferente do Brasil e depois de conseguir tirar o visto e comprar a passagem, começam a surgir várias dúvidas. Então, resolvi escrever um pouco sobre o que a maioria dos meus amigos, mochileiros de primeira viagem, me perguntam.

Para começar a responder e, sobre a companhia aérea, essa vai depender do seu local de origem e destino e, claro, o valor que você tem disponível. Falando sobre a maioria dos destinos americanos, existem diversas opções e eu sempre escolho pelo custo X beneficio e faço um balanço com a reputação da empresa, levando em conta ainda se meus amigos e sites de viagem falam bem de experiências que já tiveram.

Depois disso, olho o aeroporto. Diversos destinos têm mais de um aeroporto disponível e a diferença no valor pode ser significativa. Então, eu vejo a distância do aeroporto para o centro da cidade ou local que vou me hospedar e se essa quantia vale a pena. Quanto aos horários, prefiro viajar de noite pois o meu corpo já está mais inclinado a relaxar e dormir. Além disso, durante o dia, as pessoas abrem a janela e entra claridade, levantam mais para ir ao banheiro, conversar ou andar pela aeronave.

Chegando ao assunto conexão, eu nunca pego um voo internacional com menos de duas horas entre um voo e outro. Parece muito tempo, mas o primeiro trecho pode ter atrasos. Além disso, a fila da imigração, alfandega ou Polícia Federal podem estar longas. Ainda nesse sentido, você pode precisar de um tempo para comer alguma coisa, uma vez que comida de avião nem sempre é boa, ou pode ate ter uma dor de barriga e acabar perdendo o próximo trecho. Mas eu também tento não ficar em conexões muito grandes (acima de cinco horas) e, quando isso acontece, tento dar uma escapadinha aeroporto e conhecer seus arredores.

Quanto à escolha do hotel, o que eu sempre digo é: faça uma boa pesquisa. Primeiro eu peço para o meu agente de viagem algumas indicações com o melhor custo que ele tiver. Paralelamente, pergunto para amigos que já foram visitar esses lugares ou moram lá. Depois, eu olho em alguns sites de busca de hotel e também os mais indicados por eles. Assim, já tenho uma ideia de média de preço e de boas regiões. O próximo passo é buscar a acomodação – sempre olho hotel, hostel e Airbnb - que melhor cabe no meu bolso, além de avaliar se está perto de metro/trem/ônibus e qual a distância dos principais pontos turísticos que quero visitar. Para variar, coloco tudo isso em uma planilha e comparo as informações.

Devo alugar um carro ou usar transporte público?
Vai depender muito do seu estilo de viagem e também de como é o transporte na região. Destinos como Nova York, Boston e Washington D.C. com certeza o metrô ou trem serão as melhores opções. Já cidades como Miami, Los Angeles e Las Vegas, o transporte público não funciona e a melhor opção será alugar um carro. A maioria das cidades tem passes semanais ou mensais ilimitados, que sempre são uma boa pedida para você ter liberdade de explorar e até se perder várias vezes pela cidade e não pesar no seu bolso.

Se carro for a melhor opção, minhas dicas são para evitar alugar no aeroporto, pois as taxas geralmente são mais altas, e garantir que o seguro obrigatório está incluso no valor da reserva ou você terá que pagar a mais quando for retirar o carro. Se o motorista tiver mais de 25 anos, melhor ainda, pois eles cobram taxas menores.  

Levo todo meu dinheiro em espécie ou coloco no cartão pré-pago?

Muita gente tem medo de viajar e levar todo o dinheiro em espécie na mala ou na mochila, principalmente se for ficar em hostel com quarto compartilhado. Eu, particularmente, acho a melhor opção. Geralmente a cotação do dólar e as taxas para cartão mais altas. Para dinheiro em espécie, o IOF é 0.38%. Já para cartão (pré e pós-pago) a taxa é de 6,35%, o que faz bastante diferença na hora da conversão.

Alguns hotéis e hostels possuem cofre já incluso no valor da diária, então vale verificar e deixar no cofre. Caso não tenha ou você tenha que pagar, eu sempre levo cadeado para todas as minhas malas e coloco o dinheiro espalhado por elas, no meio das roupas em nécessaires, dentro do tênis. Cada viagem e cada dia em um lugar diferente. Nunca tive problema nenhum com isso e nem as pessoas que viajaram comigo.  

Com escala ou sem, em hostel, hotel ou Airbnb, de carro ou transporte público e com dinheiro ou cartão, eu tenho certeza que sua primeira viagem para “a terra do Tio Sam” será incrível e inesquecível. Curta cada segundo da melhor forma que puder e compartilhe suas experiências e aventuras com a gente. Até a próxima!