Vale a pena usar os famosos "city pass" em viagens internacionais?

Mayara Tabone

Várias pessoas me perguntam se eu acho válido usar “city pass” em viagens internacionais. A minha resposta sempre é: depende. Depende do seu estilo de viagem, quantidade de pontos turísticos que quer conhecer e, principalmente, quanto tempo tem naquele destino. Às vezes a gente se assusta com o custo desses passes e nem considera adquirir um. No entanto, eles podem representar uma super economia para o seu bolso. Eu, particularmente, usei em Nova Iorque e em Londres. Já em Paris, por exemplo, achei que não seria interessante.

Na Big Apple eu tive uma das melhores experiências com esse tipo de ingresso e já recomendei para diversos amigos, que gostaram. A hora da compra não foi o momento mais fácil, mas pesquisei, pensei bastante e não me arrependo. Para começar, eram duas opções: o “The New York Pass” e/ou o “New York City Pass”, que usaríamos durante os cinco dias na cidade. Sobre a duração deles, há diversas possibilidades e eu estava com mais quatro pessoas, o que significa vontades, expectativas e orçamentos diferentes.

Então comecei fazendo uma lista daquilo que todos tinham como prioridade conhecer. Depois disso, olhei se aqueles locais estavam na relação de atrações inclusas. Foi aí que percebi que esses passeios poderiam ser contemplados apenas com o The New York Pass. Então, decidi excluir o “City Pass” das opções.

O bilhete que escolhemos te permite optar entre 1, 3, 5 ou 7 dias. Para bater o martelo, olhei a localização das atrações que queríamos ir no mapa, calculei quais eram possíveis fazer no mesmo dia e o valor de cada uma. Percebi que precisávamos do pass de 3 dias e que o valor dele era menor do que pagar a entrada de cada uma das atrações. Além disso, o pass te dá dicas de como montar seu roteiro, cupons de descontos em lojas e restaurantes e acesso à fila exclusiva para entrar mais rápido na atração, o que permite economizar tempo para chegar aos outros lugares.

No nosso caso, conseguimos ir em lugares não planejados, que não são tão famosos e que a probabilidade de conhecermos sem termos o pass era muito pequena. Foram três dias bem corridos e com agenda cheia. No entanto, nos outros dois, conseguimos fazer compras com calma, conhecer os pontos turísticos gratuitos e aproveitar a cidade sem compromisso ou hora certa para fazer nada.

O mesmo ocorreu com a minha amiga Lorrayne Borges e seu namorado. Eles desbravaram Nova Iorque em setembro deste ano. Antes dela ir, trocamos algumas figurinhas e eu passei algumas dicas. Conforme Lorrayne contou depois e, para o roteiro de 11 dias, o New York Pass foi a melhor alternativa. “Nele você escolhe o número de dias que terá disponível e pode usar o card em quantas atrações forem possíveis, dentro da sua programação.  Já o City Pass, apesar de ser mais barato, só pode ser utilizado em algumas casas específicas. Além disso, a partir da primeira utilização, você tem sete dias para visitar os demais pontos turísticos. Mas, se a sua viagem for mais curtinha, pode ser bacana e um pouco mais em conta”, relembra Lorrayne.  

Em Londres, o processo de escolha foi muito parecido. Já em Paris, eram apenas três dias. Sabia que não conseguiria visitar todos os locais e, as atividades que queria fazer, acabavam ficando mais baratas avulsas do que com o pass.

Para finalizar, não há uma regra. O ideal é pesquisar, planejar os lugares que quer visitar, imaginar um roteiro com a possibilidade de atraso nas atrações e comparar preços de todas as opções que têm. Graças à internet, é possível saber exatamente o valor de tudo, ter uma ideia de tempo de trajeto e também de quanto tempo se gasta para fazer cada coisa. O mais importante é: aproveite sua viagem da forma que depois você possa pensar nela e falar “foi incrível e inesquecível. E lembre-se “quem converte, não se diverte”! ;)