Fé no intercâmbio, que ele sai sim!  

Daniel Arbartavicius

Olá, pessoal. Meu nome é Daniel, sou de São Paulo e atualmente estou morando em Salta, na Argentina. O meu caminho para chegar até aqui foi repleta de superações e por isso, para que outras pessoas se sintam motivadas, vou contá-lo. Tudo começou depois de um processo bastante turbulento, que envolveu crowdfunding, venda de bens e até mesmo um forte trabalho psicológico. 

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Semestralmente o Centro Paulo Souza faz uma seleção para os alunos que querem cursar o módulo de seis meses em outro país. Eu faço Tecnologia da Informação e no meu processo seletivo foram mais de mil inscritos e 85 contemplados, enviados para destinos do mundo todo.

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Surpresa positiva    

Sobre a escolha da cidade e, pelas fotos que vi na internet, esperava encontrar um pequeno município, aos pés da montanha. No entanto não foi bem isso que vi quando aqui cheguei, dia 11 de agosto. O imóvel que reservei pelo Airbnb fica em um bairro de alto padrão da cidade, o Tres Cerritos.

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Troca de culturas   

Com as malas desfeitas, fui fazer um reconhecimento da área e logo encontrei um parceiro que também está fazendo intercâmbio pelo Centro Paula Souza, o Felipe.  Nós fomos jantar com o pessoal da Bolívia, Colômbia, além da própria Argentina, todos com propostas parecidas com as nossas. Sobre Salta é impressionante como ela está preparada para receber estudantes. Logo me providenciaram um cartão para andar de graça no transporte, carteira da biblioteca e demos entrada no  visto de estudante. 

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Coragem é o nome! 

Em um dia que tinha tudo para ser depressivo, uma vez que os dois colegas brasileiros iriam sair com suas galeras, resolvi me jogar e ver o que o destino reservava. Na véspera da viagem a Cafayate só tinha um destino óbvio: Cerro San Bernardo, no centro de Salta, que daria para ir a pé. É que de final de semana a passagem para estudante não é gratuita. Além disso, fazer um exercício faz bem. Uma hora de caminhada depois, estava eu comprando o ticket do teleférico. 

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O passeio é muito bonito e a estrutura é bem cuidada. Ao chegar lá em cima há uma bela estrutura com um café, vendedor de sorvetes e, principalmente, gente animada. Na volta eu decidi descer caminhando, por uma pequena trilha de pedra.  Ao fazer aquele percurso eu me senti no Caminho De Santiago, pois havia toda uma atmosfera com aquelas árvores secas,  além de ter cruzado com vários romeiros. 

O primeiro brinde

No domingo, dia 19 de agosto, eu decidi ir para Cafayate. Bati o martelo pois percebi que só teria duas opções: ou rachava os custos ou talvez nunca fosse. Antes disso, logo à 01:00, começou uma “cantoria” perto de casa. Nesse momento eu percebi que poderia ficar incomodado no quarto ou iria compartilhar da alegria dos cantores. E como cantavam bem esses argentinos. Todos envolvidos, compartilhando e bebendo. Como eu não toco, fiquei só bebendo mesmo.

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Nem vi a hora passar. Logo cedo, às 6h30 precisava estar na rodoviária para a minha ida até Vale de Cachalquí. Mas essa história eu conto na nossa próxima conversa.