Minha expedição nas quebrada de San Lorenzo
Daniel Arbartavicius
Em um dia em que os planos estavam de cabeça para baixo, resolvi conhecer a tal Quebrada de San Lorenzo. Ao mesmo tempo em que estava feliz pela escolha, também nutria certo sentimento de tristeza com alguns intercambistas. Uma das lições aprendidas aqui é que pessoas são pessoas. Ou seja, independente da nacionalidade, acabam agindo da mesma forma.

Coragem para ir além
Sobre a jornada a qual me propus e, depois de sair de casa sem dinheiro, sem passagem e nem crédito no celular, encontrei ponto de ônibus para ir. A Quebrada de San Lorenzo é fatiada em uma parte pública e a outra privada, embora o acesso seja gratuito. Uma das coisas que me deixou encantado lá foi a natureza exuberante, além do rio com águas cristalinas que se esparrama em meio à mata. Contextualizando com lugares que visitei no Brasil, me lembrou muito o fluxo de água que desce de Campos do Jordão para Pindamonhangaba, chamado Capivari, e rios de Itatiaia, no Sul do Estado do Rio.

Eu encarei a encaminhada e fui rio acima por uns 50 minutos. Apesar de bonito, a paisagem não muda muito. Resolvi então descer sentido “Yungas de San Lorenzo”, que são trilhas bem charmosas na área rural. Entre tantas vegetações e belas paisagens avistei uma placa que indicava “Cendero Norte”. Resolvi conferir o que era e... adivinhem só?
Valeu cada metro
As surpresas do caminho me reservaram um mirante com uma subida muito inclinada, daquelas que dá medo de rolar morro abaixo. Mas já estava ali e então resolvi encarar aquilo, de uma ponta a outra, revelou-se em 40 minutos de subida. A vista lá do topo era maravilhosa, com uma perspectiva de toda a cidade. Para você que acompanha meus relatos no Mochilaí, eu estava no sentido oposto ao Cerro de los Milagros. Pra quem está chegando agora, aqui vai o link dessa história.

No retorno de lá do alto eu estava feliz da vida, revigorado e, como tenho comprovado em minhas atividades em terras argentinas, sair em grupo é bacana, mas topar um desafio com a sua própria companhia também não fica por baixo.
Em nossa próxima conversa eu vou contar como foi a nossa ida até Purmamarca. Até lá, pessoal.
