Se um intercâmbio muda uma vida, o segundo a transforma

Rayane Estevan

Oi gente!! Eu sou a Rayane Estevan, de São Paulo e quero compartilhar com vocês um pouco das duas oportunidades que tive de fazer intercâmbio, ambas para os Estados Unidos. Antes de qualquer coisa, devo dizer que, apesar de ser o mesmo país, foram experiências diferentes e eu acredito que cada um deles teve um contexto único, pois o momento de vida era diferente.  

006-inter-foto-1-cacada-da-fama

No primeiro, em 2014, tudo foi novidade. Nunca havia viajado sozinha e, a segunda zona de desconforto (isso é muito bom!) foi estar em uma cultura que não era a minha durante um mês. Contextualizações feitas, o meu primeiro desafio aconteceu já na chegada a Nova Iorque, local onde eu faria escala de 12 horas até a ida para San Diego, o meu destino final.

As primeiras impressões

Ainda no Brasil, quando vi o intervalo de um voo para outro, decidi que aproveitaria um pouco daquela metrópole, sozinha mesmo. Eu queria muito conhecer Nova Iorque e o primeiro desafio, que muitos acabam enfrentando na primeira vez por lá, foi tentar se localizar, o mais rápido possível, na Big Apple. Para a minha sorte, conheci uma pessoa que me ajudou e eu consegui chegar até a ilha de Manhattan. Não me arrependo de nada. Foi muito divertido. Pena que passou rápido. Logo já era a hora de embarcar para Los Angeles, onde eu dormiria e pegaria um trem até San Diego.

006-inter-foto-2-noturna-vista

Falando em Califórnia, eu optei por lá depois que conversei com um colega de trabalho da época que esteve naquele destino e me contou sobre as experiências vividas. À época ainda pensava em ir pro Canadá, mas os relatos dele despertaram em mim uma curiosidade. Foi aí que eu pesquisei e simplesmente fiquei encantada. Mais uma dica. Antes de fechar o destino, converse com o máximo de pessoas possíveis que já fizeram intercâmbio, em diferentes países se possível. Essas conversas podem mudar o nome do aeroporto impresso na passagem, ou simplesmente reforçá-lo.

006-inter-foto-3-vale

A segunda família da vida

Naquela primeira vez longe do Brasil eu fiquei na casa de uma família. E que experiência sensacional! A Ronnie entrou em contato comigo antes mesmo de eu ir, me explicou algumas coisas e me tranquilizou.  Na residência era basicamente ela e o Jeter, seu cachorro. O filho já estava na faculdade e morava em república. Pra vocês terem ideia, a Ronnie, que era porto-riquenha, tinha uma mão tão boa na cozinha que até hoje sonho com a comida dela. Mas vale lembrar que há várias opções de acomodação e essa escolha vai de acordo com o perfil de cada um. O que foi bom pra mim, pode não ser o ideal pra você.

O mundo dentro de uma sala

Outro ponto que destaco é o contato com pessoas de diferentes partes do mundo. Um dos meus colegas de sala era japonês, de Hiroshima e, durante um dos trabalhos, ele contou a história do lugar e fez algumas narrativas sobre o ocorrido com a bomba no local e seus efeitos colaterais aos moradores. Voltei de lá acreditando que, quando você se desconecta de tudo, começa a ver a vida de outra forma, a ver o que realmente importa em sua vida. Aquilo que te faz feliz.

Já na segunda vez, o contexto era completamente diferente. Ganhei uma bolsa de estudos pela minha pós-graduação e fui fazer, no ano passado, um módulo internacional de estratégia de negócio em La Verne (próximo a região de Los Angeles). Mais trinta dias. O meu grupo de estudo da sala era formado por dois espanhóis, uma portuguesa, um brasileiro e eu. Eles eram engraçados e com bagagens de vida incríveis. Eu fiquei em um hotel, junto com o restante do pessoal que havia ido pela IBS, instituição que organizou não somente o meu curso, como outros.

006-inter-foto-4-turma-pos

Também nessa ida no ano passado, eu e a minha colega de quarto alugamos um carro e fomos até Napa Valley. Duas desbravadoras pelas estradas da Califórnia e uma grande aventura, principalmente quanto à velocidade atingida. Eles correm muito e isso me deixou bem tensa. Foram quase nove horas de estrada até Napa Valley e na volta mais sete direto, tirando as paradas em Sausalito e por San Francisco.

Valeu muito, cada segundo, em ambos os casos e eu recomendo essa experiência. Não a minha, mas a sua. Afinal, cada intercâmbio é único e intransferível.  

006-inter-foto-5-praia