Você, seu amor, as bikes e o mundo para pedalar: bora?

Para comemorar o mês dos namorados, nós fomos procurar um casal que servisse de inspiração a você e seu momô. Nesse caminho, encontramos a fotógrafa Andréia Machado, que por sinal manda muito nos cliques, e o seu esposo Raphael Fujita, gerente de projetos.

A dupla uniu duas paixões: viajar e andar de bicicleta.

A primeira empreitada dos dois juntos foi entre Bombinhas e Piçarras, sendo que eles pedalaram, em um percurso de ida e volta, por cinco dias. Longe de lá, ou melhor, bem longe de Santa Catarina, Rapha e Andréia também passaram pelo no solo da Bahia,na Rota do Descobrimento. Eles fizeram de Prado a Porto Seguro.

Para quem está começando a se entusiasmar, a dupla deu uma dica que pode ser uma mão na roda, no sentido metafórico e não da bicicleta. Assim que o desejo de viajar pedalando começou a ser amadurecida, Rapha decidiu comprar uma Tandem, que é aquela magrela com dois lugares.  “O esforço de pedalar é dividido entre os dois ciclistas, mas somente o que está na frente tem os controles de marchas e freios. Ao mesmo tempo em que pessoa que está atrás não precisa se preocupar com essas questões, ela deve ter muita atenção ao ritmo impresso na frente, para não pedalar nem a mais, nem a menos“, explica Andréia. 
 

Eu também tive curiosidade de perguntar pra eles qual foi o maior trajeto já feito e o casal contou apontou a viagem aos nossos vizinhos uruguaios. “Pegamos um voo no Aeroporto de Guarulhos, em São Paulo, até Porto Alegre, depois outro até Pelotas e, de lá, seguimos de ônibus, sentido Chui, onde começamos o pedal”, conta Raphael.

Já no primeiro dia, eles andaram daquele município localizado no Rio Grande do Sul, até Punta del Diablo, totalizando 66 quilômetros. Na manhã seguinte, um café reforçado e novamente estrada, só que agora até Cabo Polonio. Acrescente aí mais 63 quilômetros. Ao todo, entre pedaladas e turismo, o casal investiu nessa viagem 14 dias.

Nessas duas semanas, muitas histórias bacanas para contar e alguns imprevistos pela frente, que, no final, não foram tão ruins assim. “No sexto dia, de La Palomaaté Jose Ignacio, percorreríamos36 quilômetros. Porém, o vento contra estava forte e decidimos parar um pouco antes do destino final, na única acomodação disponível: o Laguna Garzón Lodge, que são cabanas flutuantes de luxo, com direito à um maravilhoso pôr do sol”, relembra Rapha.  

“Mas e nos trajetos de avião ou ônibus, como as bikes vão?”, você pode estar questionando. Eu também me fiz essa pergunta e eles contaram que tanto nos ônibus, como no Ferry, as magrelas embarcam montadas, junto com as bagagens.

Antes de tudo...

Então é só escolher o destino, comprar a bike, fazer as malas e sair pedalando? Não! Definitivamente não. Rapha e Andreia deram outras dicas preciosas. Segundo eles, a primeira providência é cuidar do preparo físico. Não dá pra fugir nem brincar com o assunto saúde. Outro ponto importante, dentro do planejamento, é saber quanto será rodado por dia e se há lanchonete no caminho ou os alimentos devem ser preparados antes da partida. Imprima também uma lista,  com nomes e endereços de acomodações e restaurantes, Afinal, a internet pode falhar em alguns pontos e vocês acabam ficando na mão. 

Falando em preparar alimentos e guardá-los na mala, essa, por sua vez, deve contar apenas o estritamente necessário. Lembre-se que ela será carregada nas costas durante a viagem. Quanto à bike, ela não precisa ser top das galáxias, mas segurança, confiabilidade e estar revisada são itens indispensáveis. Ah, levem também  pneus apropriados para cada tipo de solo percorrido. Vale fazer uma pesquisa mais minuciosa nesse aspecto. 

Por fim, mas não menos importante: dependendo de onde você está, a internet pode não pegar. Então é válido ter impresso uma lista com lugares para se hospedar, fazer refeições, entre outros itens. 

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