A maravilhosa biblioteca pública de Boston

Guilherme Renso

 

Embasbacado, atônito ou incrédulo. Qualquer uma dessas palavras chega perto da sensação que eu tive quando entrei, pela primeira vez, na Biblioteca Pública de Boston. É cenário de filme mesmo. O prédio histórico fica localizado próximo à linha verde do metrô, estação Copley. Na verdade, não precisa nem atravessar a rua.

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Como já deve ter percebido, principalmente pelo meu entusiasmo, o lugar praticamente implora para que você passe horas e horas por lá. A beleza arquitetônica, as peças expostas e principalmente os ambientes corroboram para essa sensação de não ter vontade de ir embora.

O detalhe é que, quando inaugurada, em 1848, os itens somavam pouco mais de 15 mil unidades. Hoje, o número saltou para 22 mil, tornando-a a terceira maior dos Estados Unidos, só perdendo para outras duas “pouco significativas”: as bibliotecas do Congresso e de Harvard. 

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Na entrada, repare nos arcos e lustres. Como você já deve imaginar, eles não estão lá por acaso. Os dois representam, respectivamente, a arte e a ciências. Já que estamos falando em simbolismo, os leões de mármore, que analisam o movimento do alto das muretas laterais da escada principal, fazem referência às duas batalhas vencidas na Guerra Civil. 

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Quer outra dica? Antes de qualquer coisa, a sugestão é seguir direto para o enorme salão onde estão as mesas de estudos, localizado no andar superior. Basta subir as imponentes escadas e virar à esquerda. Sem querer desmerecer as outras instalações, de forma alguma, mas depois de passar por aquelas grossas e pesadas portas de ferro, tudo ficará “sem graça”.  O local é, pra dizer o mínimo, inspirador e fica lotado, literalmente, todos os dias, no mais absoluto silêncio.  Obs: essa foto foi tirada às 16h de um domingo.   

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No centro do prédio, em uma linda área externa, um jardim, acompanhado por mesinhas, cadeiras e um chafariz. É por lá que você terá acesso a uma área das mais procuradas: o acervo contendo livros, DVD, CDs e muitas outras mídias, de diversos gêneros e línguas, inclusive o português do Brasil. Por isso, se quiser ter essa experiência, não esqueça de levar o passaporte, ou uma cópia dele.

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É possível fazer um tour completo e guiado pelo prédio, com direito a guia segurando aquelas bandeirinhas ou fitinhas na ponta de um cabo e tudo mais. Ele ocorre, gratuitamente, de segunda a domingo, respectivamente às 14h30, 18h, 11h, 18h, 11h, 11h e 14h. Ainda na histórica construção e, caso esteja planejando uma visita, vale ficar ligado na programação cultural. Sempre tem atividades bem interessantes acontecendo. 

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Assim como em outros lugares na terra do tio San, o wi-fi dentro da livraria é liberado e, se bater aquela fome, não deixe de conhecer o café, do local, tão belo e aconchegante quanto todo o resto ali.      

 

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