Meus relatos sobre o histórico Peru

Giovanna Regis

Oi, gente. Tudo bem? Eu sou a Giovanna Regis (@gi.regis), nova colunista do Mochilaí, de Santa Catarina e vou contar pra vocês a minha experiência em terras peruanas. Pra começar, já adianto: é de perder o fôlego, em todos os sentidos: tem longas caminhadas, comidas picantes e paisagens maravilhosas. O país é um dos destinos mais encantadores da América Latina, além de ser o local onde está uma das sete maravilhas do mundo: Machu Picchu. No entanto, a nação também oferece outros horizontes, diferentes daqueles que estamos acostumados.

Minha primeira parada foi na capital, Lima, forma mais barata e rápida de se chegar ao país. Porém, apesar disso, sinceramente o destino é um pouco caro, mas é bonito e com uma gastronomia espetacular. Não deixe de conhecer o bairro Miraflores (melhor lugar para se hospedar e passear na orla) e o Circuito Mágico das Águas. Eu amei. O único ponto negativo é que, por ser capital, o trânsito é um inferno e, por isso, não recomendaria o aluguel de carro. O táxi do aeroporto a Miraflores sai por volta de 70 soles.

Agora eu vou, literalmente, elevar o nível da conversa e chegar a Cusco, a terra andina que fica a 3.400 metros acima do nível do mar. O lugar é mágico não somente por suas paisagens, como também por sua história e seu povo extremamente simpático. Além disso, a cidade é o principal ponto para diversos locais turísticos. O segredo de Cusco está em saber negociar e ter paciência.

Na chegada, eu achei que essa história de mal da altitude era tudo mentira. Resultado? Comprei um city tour logo no primeiro dia. Foi um erro. Menos de uma hora depois já estava com enjoo e vômito. Então, colega, vai de leve. É importante também estar atento aos preços, pois, durante as pesquisas de pacotes, cheguei a ver uma diferença de mais de R$ 1000,00 entre um local e outro. O táxi é outra coisa a ser negociada. Não existe taxímetro. Então já feche o valor até o local antes de tudo.

Agora eu vou falar sobre as montanhas coloridas. Um passeio inesquecível é o da Rainbow Moutain. Mas, já aviso: prepare seu coração e pulmões. O local fica a pouco mais de 3h de Cusco. Os guias te pegam no hotel por volta das 3h da manhã, te levam de van até um ponto para tomar café e, em mais 15 minutos, está na entrada do parque das Montanhas.

É possível chegar aos 5.200 metros de altitude andando ou a cavalo. Não dá para correr, pois o ar é rarefeito e precisa de muito chá de coca para completar o percurso. Vale cada falta de ar, acredite. Há várias alpacas e lhamas pelo caminho e, quando chegar ao ponto mais alto, é só descansar e admirar a paisagem. Nesse passeio a gente desembolsa 70 soles por pessoa, com tudo incluso, menos o cavalo, caso queira subir dessa forma.

Mas e Machu Picchu, preciso dizer algo? É tudo isso que dizem sim. E mais um pouco. Trata-se de uma das sete maravilhas do mundo. No entanto, o local corre o risco de ser fechado por degradação de patrimônio. Então tem que correr para conhecer! Muito mais do que a cidade de Machu Picchu, existe um universo inteiro a ser descoberto.

Para chegar, é preciso comprar uma passagem de ônibus ou de trem até Águas Calientes. De lá, compre o ticket do ônibus que leva ao Machu Picchu. São 25 dólares, ida e volta. Outra opção é ir andando. Coloque na mala repelente e chegue bem cedo à fila para subir. Água é outro item obrigatório na mochila. Lembra-se também de comprar as entradas do Machu Picchu antes de viajar, pois costuma lotar rápido.

Sobre o Lago Titicaca, minhas palavras são: a experiência vai te tirar 100% da sua zona de conforto e realidade. Nós saímos por Cusco, sentido Puno, e compramos o passeio que passava pelas três principais ilhas. Caso não tenhas tanto tempo nem grana, dá para fazer o passeio somente para Uros, que é a principal atração. O passeio com passagem de ônibus, transfer para o local do café, passeio de barco para Uros, estadia com refeições, festa tradicional em uma casa de habitantes na ilha Amantani, uma ida até a ilha de Taquile, mais retorno, fica por 300 soles por pessoa.

Dicas extras: a melhor data para ir para ao Peru é entre os meses de junho e setembro, apesar de ser a época mais fria, ela é livre de chuvas, pois são os meses de seca do país. Ah, e levem papel higiênico ou lenços de papel, pois encontrei dificuldade de achar esse importante item nos banheiros por onde passava. Boa viagem.