Monte Alegre do Sul brinda o turista com beija-flor, belas paisagens e cachaças
Marcos Lima
Quem gosta de viajar, aprender coisas novas e interagir, às vezes se depara com a seguinte questão: afinal, para onde ir? A escolha passa por variáveis como tempo, dinheiro, o que ver, o que fazer, e por aí vai. Neste sentido eu vou focar nossa conversa sobre os finais de semana, aquele famoso bate e volta. Precisa ser um local próximo, ter algo para fazer ou para não fazer nada.
Escolha do destino
Pensando nisso resolvemos fazer o nosso bate e volta com no máximo uns 150 km de distância. Começo a pesquisa pela internet e me deparo com um vídeo do fotógrafo Fran Camargo. Ele foi até Monte Alegre do Sul fotografar beija-flores. Fiz uma pesquisa e vejo que a cidade fica a apenas 120 km de São Paulo, capital. Havíamos encontrado o destino e logo na sequência a pousada Villa Cottage, bem avaliada nos comentários.
Monte Alegre do Sul é uma pacata vila rural, daquela tipo de piada sobre uma rua que vai e outra que volta. É quase isso, mas de uma singularidade única. Uma oásis de tranquilidade, cercada de montanhas que fazem da cidade um refúgio no circuito das águas de São Paulo, quase divisa com Minas e próximo de Serra Negra, ideal para quem quer tranquilidade.
Confiança é o nome
Chegamos à pousada, que é um charme a parte e com um detalhe difícil de ver nos dias de hoje. O frigobar com cervejas, águas e refrigerantes ficam a disposição dos hóspedes, os quais apenas marcam o que pegam em um bloquinho. Quer mais confiança que isso?
Resolvemos visitar a cidade no sábado a tarde. Bem próximo da pousada fica o balneário Municipal, que oferece banhos e tem uma bica com água potável. Depois fomos no centrinho histórico e passamos pela Doçaria Peschiera, provamos algumas delícias fabricadas na hora. Logo a seguir tem uma locomotiva Maria Fumaça exposta no centro cultural, que por sinal é bem legal para umas fotos das crianças.
Logo a seguir, como não poderia deixar, tem a igreja matriz e em frente uma sorveteria, alguns restaurantes e o empório São Bento, com muitos artigos para levar uma lembrança. Ainda no sábado fomos conhecer o mais famoso produto local, que são as cachaçarias. Nelas são produzidas algumas das melhores cachaças do Brasil. Primeiro paramos na Neno Campanari, local muito simples onde uma das netas de Luigi Campanari nos explicou todo processo de produção artesanal. A cachaça Campanari já conquistou o prêmio de melhor cachaça do Brasil.
Tradição em destilado
Depois fizemos ainda uma degustação das cachaças e licores, além de doces e queijos. Bem pertinho dali, em seguida fomos para outro alambique, o Peterline. A estrutura fica no porão da casa, com vários tipos de cachaça, licores e cerveja artesanal. Na parte superior ficam os doces e quitutes, além dos pães feitos na hora e um fogão a lenha, para lembrar dos bons tempos de criança.
Domingo, após o café da manhã seguimos para a fazenda da pousada, onde tem os beija-flores, é uma fazenda centenária, que dispõe também de chalés, e day use, bem próxima do centro da cidade. Assim começamos a saga para fotografar esses pássaros lindos, o que não é fácil pois eles são muito rápidos e em grande quantidade pois são vários bebedouros com açúcar. Você fica olhando de um lado e de outro, depois demos uma volta pela fazenda e fomos até uma pequena cachoeira. A fazenda dispõe de café da manhã e almoço, mesmo para quem não está hospedado. Fica ai a dica de um passeio de final de semana, espero que tenham gostado.