A vida como ela é em território australiano

Alinne Yoshimura

Olá, gente. Meu nome é Alinne Yoshimura, de SP e quero compartilhar com vocês a experiência que tive na Austrália, em Sydney. Antes de ir para a Oceania e lá permanecer por quase um ano, eu trabalhava e, nas horas vagas, quando surgia a oportunidade, fazia algumas viagens para fora, mas sempre com alguém me ajudando na comunicação. E foi assim que eu tive o meu Day 1, a decisão de dar uma guinada no meu currículo.

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Uma questão de decisão

Em certo momento, com 34 anos, entendi que era a hora de voar mais alto e aprender inglês, mesmo sabendo que passaria por alguns perrengues. Eles fariam parte do programa e do amadurecimento. Já com a decisão tomada e a viagem acertada, ainda fiz um mês de intensivo em inglês, que me ajudou bastante, embora lá, já na Austrália, a realidade tenha apresentado de maneira diferente. Mas vamos por partes, galera.

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O meu primeiro dia lá foi algo inesquecível. Muita informação e, pelo nível de entendimento que eu tinha naquele momento, eu não compreendi algumas coisas. Lembro-me de ter subido pro meu quarto e ter sentido aquele leve desespero. Mas havia um propósito maior de aprimoramento profissional e também as coisas foram naturalmente se acertando. Aliás, pode ser que você esteja passando por isso, ou tenha alguém próximo nessa situação, e o recado que eu dou é: vá. Não tenha medo. Vá.

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Surgem as oportunidades

O meu primeiro emprego foi em um restaurante mexicano e posteriormente como cleaner, limpando casas. Como cleaner eles pagam muito bem, são $ 18,00 por hora, mais ou menos, podendo chegar a $ 25,00.  Também prestei serviço em um lugar que vendia açaí e sucos naturais. Mas pra chegar até aqui eu fiz muitas entrevistas. O que surgia, eu pegava. A Austrália é um país muito caro para se viver, então, para quem não tem um patrocínio, precisa trabalhar.

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Mas você está longe de casa, geralmente sem conhecer ninguém, e a pergunta que não quer calar é por onde começar. No meu caso, eu preferi bater em algumas portas (consegui muitos jobs por esse meio), além de pedir indicação para brasileiros que já estavam lá e conheciam alguns caminhos, como a Information Planet. Tudo que surgia de dúvida, por alguma coisa, eu sempre ia nessa agência e eles ajudavam.

Material de trabalho  

Mas, sobre essa questão de busca por emprego, gostaria de contar algumas coisas que eu só descobri lá. O trabalhador é responsável por comprar e manter todos os seus equipamentos de segurança no trabalho. Por exemplo, se você consegue um cargo em uma obra, precisa comprar as botas, o colete de segurança, capacete e tudo mais.

O mesmo vale para atendente em um restaurante. Aliás, nesse caso específico, o futuro empregado deve fazer o RSA, que aqui no Brasil equivale a um curso de Bartender. Sem esse certificado não se consegue ser contratado para o job em muitas casas. O investimento é de aproximadamente $ 120,00.

Do céu, só chuva!

Cria-se muito a imagem de que é só chegar, mandar currículo e pronto. No restaurante mexicano eu ainda tive que comprar o avental. Quando estava me despedindo, devolvi a peça e eles me deram o dinheiro de volta. Caso queira trabalhar com festas e eventos, é preciso fazer alguns investimentos e comprar abridores de garrafas, bandejas, entre outros utensílios. Ou seja, para trabalhar você precisa investir e entre chegar, investir e colher os frutos, pode demorar algum tempo.  

Depois de tudo isso, você pode estar se perguntando se valeu ter ido. Respondo que foi a melhor experiência da minha vida.