Nossa aventura voando de balão pelos céus de Boituva

Hoje vamos falar sobre um passeio maravilhoso e que vale uma escapada de fim de semana. Sem mistérios, a cidade escolhida foi Boituva, interior de São Paulo, que apesar do nome lembrar um animal de quatro patas na verdade em tupi-guarani quer dizer local de muitas cobras, pois boi significa “cobra” e tuva que dizer “muitas”.

O planejamento

Moramos no ABC Paulista e sempre estamos à procura de novas experiências, viagens e fotografias. Desta vez pensamos em fazer um passeio tipo bate e volta, ou no máximo no final de semana. Com este norte, a pesquisa começou pelas cidades mais próximas e suas respectivas atrações, até que chegamos a Boituva, conhecida como a número um no mundo em salto de paraquedas. Seguindo pela Rodovia Castelo Branco, o município fica a 120 km de São Paulo. O nosso percurso durou aproximadamente duas horas e pegamos três pedágios, desembolsando ao todo R$ 22.00 para ir e o mesmo valor na volta.

No entanto, apesar da fama com paraquedismo, Boituva também é reconhecida como a Capadócia brasileira no voo de balões de ar quente. Esses balões, apontados como o veículo aéreo mais antigo da história da humanidade, foram criados na França. Com base nessas e outras informações que passarei na sequência, começamos a pesquisar melhor e gostamos da ideia de fazer o voo de balão. 

Escolha do hotel

Devido às melhores condições climáticas, a atividade só ocorre pela manhã, o que nos levou a irmos no sábado para Boituva e fazermos o passeio no domingo. Durante as nossas pesquisas sobre as empresas que prestavam este serviço, constatamos que há várias companhias, em diversos locais da cidade. Nós optamos por uma que é referência no assunto: a Escola Brasileira de Balonismo. 

Para ajudar ainda mais no seu planejamento, já anote aí que preço negociado à vista ficou em R$ 300,00 por pessoa, inclui o voo e um café da manhã. Essa empresa está em um sítio isolado. Falando nisso, caso alguém queira silêncio e um local aprazível, eles têm uma pequena pousada, no valor da diária de R$ 159,00. Não é um preço muito diferente dos hotéis no centro de Boituva, mas como não conhecíamos o local optamos por ficar no centro mesmo.

Logo que chegamos ao hotel, fizemos nosso check-in e resolvemos conhecer o lugar de onde sairia o balão. Essa é outra dica que vale ser pensada, pois o horário de encontro seria às 5h30 manhã seguinte e não pode haver atraso. Além da pousada que mencionei, há um pequeno restaurante. Mas o melhor de tudo foi a composição daquela paisagem com o entardecer. De tão maravilhoso que tudo aquilo estava, resolvemos curtir os saltos de paraquedas. Não é por acaso que eles sejam conhecidos como o maior centro de saltos do mundo. Em pouco mais de uma hora, vimos mais de 100 saltos. 

Como já era final de tarde e pensamos em dormir cedo, fomos a procura de um local para jantar. Optamos por uma pizzaria e encontrei uma maravilhosa, muito bem arrumada, aconchegante, atendimento impecável e pizzas nota 10. A massa da Pizzaria Del Vecchio era fininha e crocante. Foi um grande achado. 

Madrugando nas alturas 

Após o jantar, fomos caminhar pela cidade e, como dizem por lá, Boituva tem três coisas imperdíveis: saltar de paraquedas, voar de balão e dormir. A cidade é uma tranquilidade só. Já acordados, às 5 horas da matina, escolhemos roupas confortáveis e fomos para o local de encontro. Já no local, por volta das 6 horas fomos informados que, devido a mudança de sentido do vento, teríamos que aguardar uma van que nos levaria a outro local para decolagem, onde chegamos às 7 horas. O balão já estava quase todo ocupado, cheio de ar quente, começando a subir, mas ainda sem levantar voo. 

Decolagem 

Uma das melhores partes da viagem é ver o balão sendo inflado com os cilindros de gás. Muito bonito. O equipamento em que voamos é o maior do Brasil, feito para abrigar 27 pessoas. No entanto, na nossa experiência ele estava com 20. As pessoas são distribuídas na cesta de acordo com os respectivos pesos. Ela é acolchoada e até certo ponto confortável. Com todos já acomodados, nem deu tempo de sentir um friozinho na barriga e já estávamos subindo. Que sensação incrível, pessoal. Em pouco minutos estávamos a quase 2.100 pés. 

Falando em medidas e pés, para a conversão de pés para metros é só dividir por três. Ou seja, os nossos 2.100 pés equivalem a 700 metros de altura. Lá do alto vimos porque Boituva é conhecida como a capadócia brasileira. Nós contamos mais de 30 balões ao redor, alguns subindo, outros descendo. A sensação é maravilhosa. Após pouco mais de uma hora de voo, o piloto pousou suavemente em um pasto. Nós descemos, fomos conduzimos pela van de volta ao local de origem. Brindamos com champanhe, seguido de um bom café da manhã.