Quatro amigos, um carro e o Chile no destino

Guilherme Renso

Imagine só a cena: você e mais três amigos partindo de carro, de qualquer canto desse Brasil maravilhoso, rumo ao Chile. Imaginou? Então tomara que essa história que contarei sirva de inspiração para que comece a planejar uma viagem tão legal quanto foi a do paulista Max Arcari e seus três amigos. O destino do quarteto fantástico eram os territórios chilenas do Atacama e de Santiago. Eles colocaram em prática essa aventura no ano passado.  

O Max me contou que foram quatro dias em pleno Deserto do Atacama e outros quatro na capital chilena. Mas antes de chegar propriamente até lá, eu quis perguntar quanto tempo eles levaram para preparar todo o roteiro. O Max me explicou que, da primeira ideia até pegar a estrada, saindo de São Paulo, foi um ano inteiro.  

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As primeiras paradas

“Nós descemos pro Rio Grande do Sul e, daquele estado, seguimos até Foz, onde ficamos três dias. Depois de visitarmos as Cataratas, partimos rumo à fronteira com a Argentina. Até chegar ao Chile levamos três dias atravessando os nossos vizinhos hermanos. Apesar de muitos saberem, vale reiterar que usamos a documentação do Brasil mesmo, ou seja, nossos R.Gs. Quando chegamos propriamente ao Chile, levamos mais um dia para alcançamos o Atacama”, relembra Max.

Foi nessa hora que eu perguntei algo que talvez você também perguntasse, indagando o viajante sobre o que mais o encantou por lá. “O céu, com certeza. A noite, quando você olha pra cima e aprecia aquele azul ímpar, e muitas estrelas, entende também o que leva milhares pessoas a fazerem essa viagem. Muitas vezes elas desembarcam lá principalmente para bater fotos e ter a oportunidade de ficar observando as estrelas no ‘teto’ azulado do Atacama”, apontou.

Piscinas naturais e mergulho nos vulcões

Além do céu, Max destacou a região das Lagunas Altiplânicas. “Alti quem, jornalista?”, você pode estar se perguntando. Pois é.  Eu confesso que não tinha tanto conhecimento sobre essa atração e, por isso, pedi que ele explicasse. “São aproximadamente cinco lagoas naturais, formadas no alto das montanhas e a partir da água de degelo. Para chegar lá, a gente atravessa uma região de tundra, dentro da Reserva Nacional Los Flamencos. Saindo de San Pedro, são 115 quilômetros. Ah, vale dar dicas dos valores para entrar na Reserva: aproximadamente $ 5.000 pesos chilenos por pessoa”, detalhou.  

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Quer mais uma dica de passeio? Então aqui vai. Também no Atacama, eles estiveram em uma região chamada como Gêiseres de Tatio, que são pequenos vulcões no pico mais alto do Chile, a cinco mil metros de altitude. Imagine só aquela friaca, de bater os queixos. Pensou? Agora visualize algumas piscinas, com águas quentinhas. Essas piscinas são os Gêiseres de Tatio.

Com que roupa eu vou pro Chile que você me convidou?

Já que falamos de bater o queixo e roupa, antes de entrarmos no assunto Santiago eu perguntei qual foi a mão na roda dessa viagem para driblar as baixas temperaturas. Ele me contou que aquela camisa chamada segunda pele fez toda a diferença. Eu, friorento que sou, certeza que garantirei a minha quando estiver com planos de ir pra lá. Se você for naqueles que sente tanto frio, acredito que seja melhor pecar pelo excesso do que pena falta. Mas, opinião é igual napa, né? Cada um tem a sua.     

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Em Santiago, um dos lugares por onde eles passaram foi a Plaza de Armas. Segundo ele me contou e depois eu fui pesquisar, é uma belezura de lugar. Ela é cercada por construções lindíssimas, como a Catedral de Santiago e o Correio Central.  Gente, serião, o conjunto arquitetônico dessa atração não termina por aí. Bem pertinho está também o Palácio Real e o Museu da História Nacional. A título de localização, o segundo fica dentro do primeiro.

O Max também comentou sobre a Calle Bandera, uma rua repleta de brechós. Pelo o que eu andei vasculhando no titio Google, os chinelos levam muito a sério esse negócio de vender produtos, digamos, de segunda mão. As lojas são enormes e frequentadas não apenas por admirados da moda retrô, mas pela população de uma maneira geral.  

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Nossa conversa com o Max já está no final. No entanto, isso não nos impede de terminar em alto estilo, preferencialmente na maior torre comercial de Santigo e da América Latina: a Costanera Center, com arrepiantes 300 metros de altura e 62 andares.  Quer dizer, há uma certa polêmica com essa história de “maior torre”, já que o Sky Costanera, mirante do edifício, localizado nos penúltimo e no último andar está a 270 metros de altura. Os outros 30 são estruturas inabitáveis, como um topete do prédio.