Bogotá: um passeio do ouro ao sal

Guilherme Renso

Que atire a primeira fita K7, gravada lado A e lado B, o adolescente do final dos anos 1990 que não ouviu no mínimo umas cem vezes o hit Estoy Aqui, da cantora Shakira. Essa matéria não vai falar especificamente sobre ela, mas abordaremos a capital do país da grande musa intérprete de outro sucesso: Waka Waka. Chega mais que o nosso passeio por Bogotá começa agora.

O casal Carla e Marcos Bassi, do ABC Paulista, nos contou como foi a experiência deles por lá.  Uma das gratas surpresas que eu tive na conversa com os dois foi o Museu do Ouro, ou Museo del Oro, fundado em 1939 e que renovou a exposição permanente há dez anos. Localizado no histórico bairro da Candelária, a casa abriga nada menos que um acervo de 34 mil peças. “O museu é muito organizado, com boas explicações de toda a coleção. Vale muito conhecer a maior coleção pré-colombiana de artefatos utilizados pelos vários povos que habitaram a América”, contou Carla.  

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O Centro do poder

Falando em ouro, ele nos remete ao conceito de poder e por consequência à Praça Bolivar, outro ponto visitado pelo casal. É lá que estão situados importantes edifícios, como a prefeitura de Bogotá, instalada no Palácio Liévano e o Capitólio Nacional, que equivale a concha virada para cima lá em Brasília, ou seja, ao Congresso. Além desses dois, na Bolivar está também a Catedral Primada, construída em 1539. “É um local bem movimentado e ponto de encontro das manifestações populares e políticas”, apontou Carla.

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Nossa terceira parada (digo nossa foi viajei junto com eles, só pelos relatos) é a Catedral de Sal, que na verdade não fica propriamente em Bogotá, mas Zipaquirá, distante apenas 29 quilômetros da capital colombiana. Ela tem esse nome pois foi construída no interior de uma antiga mina de sal, que por sua vez está a quase três mil metros acima do nível do mar. Outro po nto que merece ser destacado nos remete a 2007. Foi aquele ano que um concurso na Colômbia escolheu as sete maravilhas daquele país. Adivinhe só quem ficou em primeiro lugar? A Shakira, claro. Brincadeira. Foi a lindíssima Catedral de Sal mesmo. A foto enviada pelo casal já transmite bem a ideia dessa maravilha de templo religioso.

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Limonada de coco e fé

Mas eu também conversei com a Giulia Piazzi, mineiríssima de Belo Horizonte. A experiência dela em Bogotá foi igualmente proveitosa. No papo que tivemos, ela destacou a beleza história do centro da capital colombiana. “Foi no Museu de Arte Moderna (MAM) que, além de todo o aprendizado histórico e cultural, eu experimentei a tão falada limonada de coco, muito famosa principalmente na cidade de Barranquilla. Voltando à parte histórica, naquele dia a minha primeira visita foi ao Museu Nacional, de onde segui andando até o MAM”, contou Giulia.

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Ela também lembrou da ida até o Cerro de Monserrate. Para quem não conhece, esse passeio pode ser comparado como ir até o Cristo Redentor, ou seja, espere encontrar por lá muita fé. Mas fé em quem, jornalista? No Senhor Caído de Monserrate, figura religiosa que foi homenageado com uma igreja lá no alto do Cerro, assim como a capela de Nossa Senhora Aparecida construída na base do Cristo.  Mas, voltando, o pico da colina tem 3.200 metros de altitude, podem ser alcançados a pé, de teleférico ou de funicular e vista contempla boa parte de Bogotá.

Só o RG basta para embarcar?

A Giulia deu outra dica que eu achei supimpa. Lá em cima, além da igreja, há uma feirinha de produtos variados e preços melhores que aqueles praticados nas imediações do Museu do Ouro, por exemplo.

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Já no fim da conversa, a mineira lembrou de algo que, pela Colômbia estar na região do Mercosul, pode muito bem passar batido.  Falo sobre a necessidade de passaporte para embarcar. “Ah, Renso. Mas para a Colômbia não precisa, né?”. Depende. Se o caminho contar com uma conexão no Panamá, precisa sim e, caso não o tenha, talvez você nem consiga sair do Brasil. Então, vale checar se há essa possibilidade. Assim, ninguém perde viagem.

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