Somos internacionais! E agora?

Amanda Bezerra e Rodrigo Guimarães

Em solo uruguaio ficamos admirados com a natureza e calmaria do Distrito de Rocha. Além dessas qualidades, chamou nossa atenção a conservação da história representada na Fortaleza de Santa Tereza, as lindas praias, os imensos parques, os extensos campos pela estrada e a simplicidade das pequenas cidades da região.

 Ho-ho-ho fora de casa

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Àquela altura, ao final de dezembro, o primeiro Natal do Journey2World seria em Valizas. Já estávamos acostumados a não estar com a família em datas festivas, pois o trabalho muitas vezes exigia isso. Mas ali era diferente. A escolha foi nossa e se tratava de uma experiência, não obrigação.

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Ficamos hospedados por cinco dias em uma pousada, a qual reservamos pelo AirBnB ainda no Brasil. Decidimos buscar voluntariado diretamente com os hostels, já que pelos aplicativos não estávamos tendo retorno positivo.

 

Período de ouro

Vale lembrar que a época do verão é a mais valorizada no litoral uruguaio, já que o movimento de turistas é grande e a maioria das hospedagens e restaurantes só funcionam nesta temporada. Sendo assim, as propostas que recebíamos de voluntariado era para trabalhar por três meses, assim eles não perdem tempo e qualidade no serviço em ter sempre que treinar novas pessoas. Totalmente compreensível, porém inviável para nossos planos. Mesmo economizando com a hospedagem, a maioria das vagas não incluía nenhuma refeição, o que ultrapassaria nosso orçamento. Isto porque os preços são bem altos no Uruguai.

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Dia 26 de dezembro seguimos para Punta Del Este, umas das cidades mais badaladas do Uruguai e um dos destinos mais procurados. Tínhamos esperança em conseguir algo ali e arriscamos. Partimos sem ideia de onde ficar, já que pela internet os preços eram absurdos.

Fizemos uma parada pouco antes de Punta e de cara encontramos um brasileiro. Segundo ele, reconheceu de longe o jeitinho brasileiro e decidiu se aproximar.

No meio do caminho tinha um brasileiro 

 

Em alguns minutos de conversa e um resumo de histórias, ele nos indicou um Hostel de um amigo espanhol. Era um pouco afastado, mas disse que encontraríamos um preço melhor. Ficamos ali por uma noite, mas mesmo com a boa vontade do dono do Hostel em nos ajudar, USD40 por noite era exorbitante e não podíamos ficar.

 

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De aventura passou a ser desesperador. No dia seguinte, até o final da tarde, passamos buscando voluntariado ou um lugar mais em conta para ficar. Ainda não tínhamos tido nem o prazer de conhecer a cidade. Alguma coisa tinha que valer a pena ali. Até que surgiram duas camas disponíveis em um Hostel bacana.

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Ao chegar já gostamos da energia do lugar, deixamos as malas e fomos curtir o pôr do sol. Viramos a página e aceitamos que não seria no Uruguai nosso primeiro voluntariado internacional. O melhor é confiar no que o destino nos reserva e aprender a lidar com as variáveis do caminho.

A parte incrível nisso tudo é que havia um brasileiro no mesmo quarto. Que história e que vibe boa! Fizemos um grande amigo e nos divertimos tanto em um único dia que valeu por uma semana inteira. Combinamos de nos encontrarmos novamente no destino final, no Canadá.

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Assim concluímos o primeiro destino internacional desta jornada. Colocamos as malas na Magrela e partimos para a terra do tango

 

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Amanda Bezerra e Rodrigo Guimarães

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